Grupo I
Parte A
1 - Marcenda aceita o facto da sua mão esquerda estar morta. Já está acostumada com a sua situação, havendo também a sua normalização e colaboração dos que os rodeiam. Não utiliza a sua mão para nada. Baltasar, por sua vez, sente falta do domínio do manípulo, deparando-se ainda comprometido com a impossibilidade de usar a mão. Blimunda tem sido a sua mais-valia, que o tem ajudado sempre e dado carinho. Contrariamente a Marcenda, Baltasar dá uso ao gancho que substitui a mão para trabalhar na passarola.
2 - Pai e filha são tratados com uma atenção especial. Os funcionários estão familiarizados com a condição de Marcenda, verificável no modo como lhe preparam o comida ("os pratos da rapariga vêm já arranjados da copa, limpo de espinhas o peixe, cortada a carne, descascada e aberta a fruta"). Também o criado revela traços de já conhecer o conjunto pelo jeito "familiar de modos" com que os atendeu.
3 - Blimunda, com o seu dom sobrenatural, consegue, se estive em jejum, encontrar imperfeições na Passarola. Esse poder de ver o que ninguém mais consegue fez com que Padre Bartolomeu a batizasse de Sete-Luas, visto que Baltasar tem como nome de família Sete-Sóis. Bartolomeu comenta também "Lua onde estás, Sol aonde vais" salientando a cumplicidade do casar, relacionando a sua ligação com os movimentos do Sol e da Lua.
Parte B
4 - O sujeito poético vê a figura feminina como perfeita, petrarquista, bela, divina e inalcançável, como se verifica em "se não perder a vista só em vê-los", onde o "eu" lírico afirma que nunca a sua beleza é desmedida, de modo divina, que que raro é o homem que lhe resiste. Também é seu servente, entregando todas as suas poses e até a vida ("Assi que a vida e alma e esperança | e tudo quanto tenho, tudo é vosso").
5 - C e E.
6 - A
Parte C
O poema de Camões e a cantiga e amor são duas obras da antiguidade portuguesa. Bastantes distintos, representam dois tipos de poema característicos do tempo pretérito. Para além da forma declamativa, a cantiga deve ser cantada, o que não ocorre no primeiro poema, há imensas diferenças entre os dois.
Primeiramente, o poema é um soneto e a cantiga está disposta em tercetos, havendo paralelismo entre estrofes. Já internamente, o poema camoniano é dirigido diretamente à amada que, mesmo sendo o amor impossível, o sujeito poético interpela. Na cantiga, não há contacto entre o amado/senhora, estando este a suplicar a Deus para a ver.
Por outro lado, a falta de reciprocidade amorosa é transversal às duas obras. Num lado temos o sujeito poético num estado de mártir, completamente entregue à senhora, mesmo sabendo que o seu amor não prosperará. Num outro temos o "eu" lírico completamente arrebatado por não ver a amada, preferindo a morte à vida sem ela.
Resumindo, as duas obras representam diferentes movimentos literários, mas temas comuns, como o sofrimento amoroso. Estruturalmente, são constituídas por estrofes com números de versos desiguais.
Grupo II
1 - B;
2 - A;
3 - C;
4 - B;
5 - D;
6 - D;
7 - A.
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