A União Europeia é uma união económica e política única, composta por 27 países europeus.
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As suas origens remontam ao período pós-Segunda Guerra Mundial, quando, em 1957, foi criada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) com o objetivo de promover a cooperação económica e evitar conflitos entre nações. Os membros fundadores foram Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.
Nos anos que seguintes, o território da UE foi aumentando de dimensão através da adesão de novos Estados-membros, ao mesmo tempo que aumentava a sua influência mundial.
Portugal entrou num desses alargamentos, em 86, juntamente com Espanha.
A União Europeia nasceu da necessidade de reconstruir e unir a Europa após a devastação da Segunda Guerra Mundial. A ideia principal era fomentar a cooperação económica entre os países, acreditando que a interdependência económica tornaria os conflitos armados menos prováveis, e assim fomentar a paz.
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A UE atua através de um sistema de instituições supranacionais independentes e de decisões intergovernamentais negociadas entre os Estados-membros. As instituições da UE são a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia, o Tribunal de Contas Europeu e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é o único órgão directamente eleito, a cada cinco anos, pelos cidadãos da UE.
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| Presidente da Comissão Europeia | Ursula von der Leyen |
| • Presidente do Parlamento Europeu | Roberta Metsola |
| • Presidente do Conselho Europeu | António Costa |
Creio que a governança mundial precisa da Europa e que este prémio o comprova.
A Europa é um projeto de paz, construído pela paz, e não construído apenas pelo medo do que se passa num mundo em que as ameaças são muito mais assimétricas.
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Durante este ano vamos enfrentar vários desafios e ouvir muitas vezes as palavras: incerteza, volatilidade, divergência e conflito.
Isto acontece porque há uma ausência de uma ordem mundial para a globalização.
Isto acontece também porque não conhecemos as posições do novo presidente da maior potência mundial.
Todos estes fatores contribuem para que aumente a imprevisibilidade geopolítica global. Uma tendência que já vem de algum tempo, mas que agora vai afirmar-se.
Temos um Médio Oriente em guerra.
Temos uma Rússia política e militarmente mais afirmativa e desafiadora, que põe em causa a estabilidade na Europa Central e Oriental, nomeadamente a questão da Ucrânia, mas que, ao mesmo tempo, sente o crescente impacto das sanções internacionais.
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Temos a evolução da China, que até agora tem sido a verdadeira vencedora da globalização, que no está a roubar quota de mercado e a superiorizar-se, podendo chegar a ser a maior economia mundial. Um país que vive do dumping, da supressão dos direitos humanos e da destruição ambiental está a destruir com as suas práticas desumanas até os países mais ricos. A UE terá de agir, sancionar e proteger-se contra a China, passando por legislar e reverter o estagnamento das economias europeias.
Estamos a perder relevância no mundo.
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Os mercados são e serão cada vez mais voláteis durante este ano.
As taxas de juro estão altas, o que se traduz num baixíssimo nível de investimento.
Mas um dos maiores desafios que a UE enfrentará, ou que já está a enfrentar, é interno: populismo e o extremismo crescentes. Estão a acumularam-se nuvens de extremismo de xenofobia e de racismo.
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A entrada de Portugal na UE teve benefícios visíveis
Fez o PIB catapultar, ao integrar-nos num mercado único sem barreiras.
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Envia a Portugal inúmeros fundos que salvam o erário. No total recebemos mais de 130 mil milhões de euros, tendo o país sido sempre um beneficiário líquido.
Permite-nos beneficiarmos de vários programas europeus como Erasmus e afins, num espaço onde podemos circular livremente.
Para Portugal, é essencial estar na União Europeia, mesmo estando refém de leis e regulamentos de Bruxelas.
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Porém, tem de aprender a não estar dependente dos fundos e criar uma economia com poucas barreiras e competitiva, como o resto dos países europeus. Portugal está cada vez mais atrasado e pobre comparando com os outros membros da UE que têm sabido usar as oportunidades e crescer.